Características da Chávena: Sabores de chocolate, nozes e baunilha O Brasil não é apenas o maior produtor de café do mundo, é também o mais complexo. Produz desde cafés em massa que estão entre os mais baratos do mundo até cafés elegantes valorizados como as melhores origens do mundo para a preparação de espresso. No Brasil, o fruto é removido do grão usando quatro métodos de processamento diferentes, e não é incomum que todos os quatro métodos sejam usados na mesma fazenda durante a mesma colheita. Uma coisa que o café brasileiro não é, é de alta altitude. As altitudes de cultivo no Brasil variam de cerca de 600 metros a 1.200 metros, muito aquém das altitudes superiores a 1.500 metros comuns para cafés finos produzidos na América Central, Colômbia e África Oriental. Altitudes de cultivo mais baixas significam que os cafés brasileiros são relativamente baixos em acidez. Na melhor das hipóteses, tendem a ser redondos, doces e bem-nuanciados, em vez de grandes e brilhantes. O café brasileiro mais tradicional, e o tipo mais provável de ser visto em lojas especializadas, foi seco dentro do fruto (processado a seco) para que parte da doçura do fruto passe para a chávena. Também frequentemente vem de árvores da variedade tradicional latino-americana de arábica chamada bourbon. Os melhores desses cafés são comercializados como Santos 2, ou, se o café vem exclusivamente de árvores da variedade bourbon, Bourbon Santos 2. Santos é um nome de mercado que se refere ao porto através do qual esses cafés são tradicionalmente enviados, e 2 é a classificação mais alta. Nos menus de cafés especiais, o 2 geralmente é omitido, então verá o café simplesmente descrito como Brazil Bourbon Santos ou Brazil Santos. Quando o café é seco dentro do fruto, como a maioria dos cafés clássicos do Brasil, muitas coisas podem dar errado. A semente ou grão dentro do fruto fica refém, por assim dizer, da saúde geral e da solidez do fruto que o rodeia. Três principais áreas de cultivo fornecem a maioria dos cafés de topo do Brasil. A mais antiga, Mogiana, situa-se ao longo da fronteira dos estados de São Paulo e Minas Gerais, ao norte de São Paulo, e é famosa pelo seu solo vermelho profundo e ricamente doce, cafés cheios e arredondados. As colinas acidentadas e onduladas de Sul Minas, na parte sul do estado de Minas Gerais, a nordeste de São Paulo, são o coração do país do café brasileiro e lar de duas das maiores e mais conhecidas fazendas, Ipanema e Monte Alegre.