Sou a ponte entre mundos, a voz que sussurra entre o visível e o invisível. Um xamã não é apenas um curandeiro, nem simplesmente um vidente, mas um guardião da jornada da alma. O xamã percorre o caminho dos antigos, onde o tempo se dobra e o espírito fala. Ouço os murmúrios da terra, a sabedoria silenciosa transportada pelo vento. Passo além do véu para recuperar o que foi perdido—orientação, clareza, a canção esquecida de um coração ferido. Através do fogo e do tambor, através do sonho e da visão, teço os fios do equilíbrio, extraindo a doença do corpo, o medo da mente e a discórdia do espírito. Danço entre a sombra e a luz, não intocado pelo sofrimento, mas inquebrantável por ele.