Sobre a Roberto Ley

Sou o Rafael Lacarcel, dono do Roberto Ley. Continuo a olhar para os sapatos da linha de produção e lembro-me do meu avô andar por ele, com o seu fato à medida, o chapéu e claro, o seu maior orgulho, os seus sapatos. Impoluído, irrepreensível, já tinha 80 anos, mas sentiu que devia estar lá. Os primórdios eram complicados. Tudo começou depois de uma guerra civil que terminou em 1939. O meu avô Juan Lacarcel Gil, de 29 anos, começou a reconstruir a sua vida. A cidade de Almansa, com uma importante relação com o calçado, deu a oportunidade de iniciar um novo arranque no setor. Assim que estabeleceram uma boa relação com muitos clientes, a economia melhorou e conseguiram comprar o seu primeiro carro, um Ford Cuba. Entre 1955 e 1956, começou a fazer os seus próprios sapatos no pátio da sua casa em Almansa, onde a minha avó Elia os cortou, coseu-os e acabou-os. Foi assim que progrediram até 1959, quando criaram a sua primeira fábrica de calçado. Em 1960, o meu avô sofreu o primeiro dos três ataques cardíacos que teve. Praticamente inexperiente, o meu pai teve de assumir o negócio aos 16 anos, tendo de deixar os estudos. E assim, aprendendo com os melhores professores que a vida lhe pode dar, nasce a essência de criar uma marca que transmite aos nossos artigos, todas as experiências adquiridas e herdadas com a passagem do tempo. Estas são as sensações que tento refletir em todos os sapatos do Roberto Ley. Leia a história